quinta-feira, 17 de março de 2011

Poemas por Sylvia Plath

Lady Lazarus

I have done it again.
One year in every ten
I manage it----

A sort of walking miracle, my skin
Bright as a Nazi lampshade,
My right foot

A paperweight,
My face a featureless, fine
Jew linen.

Peel off the napkin
0 my enemy.
Do I terrify?----

The nose, the eye pits, the full set of teeth?
The sour breath
Will vanish in a day.

Soon, soon the flesh
The grave cave ate will be
At home on me

And I a smiling woman.
I am only thirty.
And like the cat I have nine times to die.

This is Number Three.
What a trash
To annihilate each decade.

What a million filaments.
The peanut-crunching crowd
Shoves in to see

Them unwrap me hand and foot
The big strip tease.
Gentlemen, ladies

These are my hands
My knees.
I may be skin and bone,

Nevertheless, I am the same, identical woman.
The first time it happened I was ten.
It was an accident.

The second time I meant
To last it out and not come back at all.
I rocked shut

As a seashell.
They had to call and call
And pick the worms off me like sticky pearls.

Dying
Is an art, like everything else,
I do it exceptionally well.

I do it so it feels like hell.
I do it so it feels real.
I guess you could say I've a call.

It's easy enough to do it in a cell.
It's easy enough to do it and stay put.
It's the theatrical

Comeback in broad day
To the same place, the same face, the same brute
Amused shout:

'A miracle!'
That knocks me out.
There is a charge

For the eyeing of my scars, there is a charge
For the hearing of my heart----
It really goes.

And there is a charge, a very large charge
For a word or a touch
Or a bit of blood

Or a piece of my hair or my clothes.
So, so, Herr Doktor.
So, Herr Enemy.

I am your opus,
I am your valuable,
The pure gold baby

That melts to a shriek.
I turn and burn.
Do not think I underestimate your great concern.

Ash, ash ---
You poke and stir.
Flesh, bone, there is nothing there----

A cake of soap,
A wedding ring,
A gold filling.

Herr God, Herr Lucifer
Beware
Beware.

Out of the ash
I rise with my red hair
And I eat men like air.

4 comentários:

  1. "Lazarenta" - Sylvia Plath

    (tradução do fragmento do poema "Lady Lazarus"

    Eu fiz de novo.
    Uma vez a cada dez anos,
    eu consigo.

    Uma forma de milagre ambulante; minha pele,
    reluzente como a máscara de um lampião nazista,
    meu pé.

    Um peso-morto;
    Minha face, um fino e inexpressivo
    linho judeu,

    rasga o lenço.
    Oh, meu inimigo,
    Eu o assombro?

    O nariz, as órbitas dos olhos, toda a arcada?
    O hálito acre
    Em breve se dissipará.

    Muito em breve, a carne
    que a cova devorou encontrará
    em mim conforto.

    E eu, uma mulher sorridente.
    Tenho apenas trinta anos.
    E, como o gato, tenho nove vidas para perder.

    Esta é a de numero três.
    Que infortúnio é
    aniquilar cada década.

    Que sem-número de corpos.
    A turba faminta
    se aglomera para ver.

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  2. José,

    gostei muito da sua "ousadia" na tradução deste título...

    Liliam

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  3. Dona Lázara
    Eu fiz isto de novo
    Uma vez a cada dez anos
    Eu consigo.

    Como um milagre, minha pele
    Clara como uma lanterna nazista
    Meu pé direito

    Um peso de papel
    Minha face sem expressão, fino
    Linho Judeu

    Rasque o guardanapo
    Ó, meu inimigo
    Por acaso eu assusto?

    O nariz, os olhos, todos os meus dentes
    O hálito azedo
    Vai sumir em um dia

    Logo, logo, a carne
    Pela cova será comida
    Em minha casa, sobre mim

    E eu, uma mulher sorridente
    Com apenas trinta anos
    E como o gato, com nove vidas

    Esta é a terceira
    Que pena!
    Aniquilar cada década

    Quantas pessoas
    A multidão barulhenta
    Aparece apressada para assistir

    Eles me despem mãos e pés
    O grande strip tease
    Senhoras e Senhores

    Conheçam minhas mãos
    Meus joelhos
    Eu posso ser só pele e ossos

    Não importa, eu sou a mesma, sempre a mesma mulher
    A primeira vez que isto aconteceu eu tinha dez anos
    Foi um acidente

    A segunda vez, eu fiz de propósito
    Acabar com tudo e nunca mais voltar
    Eu desabei, calada

    Como uma ostra
    Eles chamaram e chamaram
    E retiraram o que havia em mim como pérolas

    Morrer
    É uma arte, como tudo o mais
    Eu a executo com perfeição.

    Eu faço isso para me sentir mal
    Eu faço isso para me sentir real
    Eu acho que eu tenho o dom

    É fácil fazer isso sozinha
    É fácil, eu não me abalo
    É um espetáculo

    Volte em um dia aberto
    Para o mesmo lugar, a mesma expressão, o bruto
    Surpreso grito:
    “Um milagre”
    Que me arrebata
    Há um preço

    À vista das minhas feridas, há um preço
    Pelas batidas do meu coração-
    Isso segue em frente

    E há um preço, um preço alto
    Por uma palavra ou chamego
    Ou um pouco de sangue

    Ou um fio de cabelo em minhas roupas.
    E aí, Herr Doktor.
    E aí, Herr inimigo.

    Eu sou o que você tem pra mostrar,
    Eu sou o que você tem de valioso,
    A menina de ouro

    Que se derrete ao gritar
    Eu me transformo e queimo.
    Não pense que acho que você não se peocupa muito.
    Cinzas, cinzas-
    Você aponta em minha direção e mexe comigo
    Carne, osso, não há nada aí-

    Um bolo de sabão
    Uma aliança de casamento
    Um recheio de ouro

    Herr Deus, Herr Lucifer
    Cuidado
    Cuidado
    Das cinzas
    Eu retorno com meus cabelos vermelhos
    E devoro homens ao vê-los.

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  4. hihi, só consegui entrar nesse blog agora!

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